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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Boas festas e felizes glicemias!

Estamos mesmo quase no natal e por isso queria aproveitar para desejar a todos um

EXCELENTE NATAL

E

UM 2014 CHEIO DE COISAS BOAS


Para mim as coisas boas são as viagens, a escalada e sobretudo os bons momentos com as pessoas de quem gosto! Mas isto de pedir coisas boas tem muito que se lhe diga... o melhor mesmo é começar a pensar nas resoluções de ano novo e trabalhar nelas para realmente conseguir as coisas boas!!!

Desejos de um 2014 cheio de "glicemias boas"!!!
Todos os anos faço uma lista de objectivos e acções e tento fazer pelo menos uma boa resolução que consiga manter todo o ano. Se tudo correr bem, no fim do ano essa resolução já se tornou num hábito e passa a fazer parte de quem eu sou. No ano passado fiz uma resolução que "pegou" - fazer uma boa sessão de alongamentos 3 vezes por semana - e uma que "não pegou" - reduzir o uso da internet (porque às vezes acho que desperdiço demasiado tempo na net e que podia fazer outro tipo de coisas como ler).

Como para 2014 andava sem grandes ideias, comecei a procurar na net e encontrei várias coisas engraçadas como este artigo sobre as resoluções mais populares. Pelos vistos a mais popular de todas é "perder peso"... mas para os diabéticos, acho que a primeira resolução tem de ser manter o controle da glicemia, não?

Bom ano!




quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Team LivingVertical

livingvertical.org/join-team-lv/
MEGA NOVIDADE: a partir de hoje faço parte da "Team LivingVertical". Esta equipa junta escaladores de diferentes modalidades, capacidades, nacionalidades e idades, mas todos Diabéticos.

Os objectivos deste grupo são os de partilhar e inspirar diabéticos dentro e fora da equipa. Partilhar interesses, motivações, ideias, experiências, questões. Apoiarmo-nos e entreajudarmo-nos e, se possível, criar projectos conjuntos...

Estou super motivada por passar a fazer parte deste grupo :)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

À medida do possível

Olá,
estou ausente há muito tempo com grande pena minha mas realmente cada vez percebo melhor que não consigo ir a todas. Se não é pelo trabalho é pelo facto de ter uma família numerosa (três crianças é oficialmente uma família numerosa e quando chega ao fim de semana e estão todos em casa eu fico sem dúvidas que os meus filhos são.... numerosos!).
Claro que a minha atividade física também se ressente disto.
A escalada está muito fraquinha, desde o Verão que estou parada. O meu parceiro está lesionado...
Continuo a correr e até voltei à serra porque às vezes só consigo mesmo ter tempo para treinar à hora de almoço. De manha está muito frio e depois das 17h está escuro pelo que voltei a ir correr a 1000 metros de altitude.
Mas tenho uma novidade bastante recente que é o motivo deste post: já que não posso escalar.... vou de bicicleta para o trabalho! Foi difícil habituar-me, sobretudo às subidas, mas já noto que estou a ficar mais em forma.



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Corram connosco no Dia Mundial da Diabetes 2013

Querem vir correr connosco esta quinta-feira???

Este ano estamos a preparar um evento para celebrar o dia mundial da diabetes, 14 de Novembro, juntamente com a Pro-runner e com a AJDP.

Queríamos aproveitar o dia para chamar a atenção para a importância de praticar exercício físico. Por isso, quando recebemos um mail do nosso amigo "Sedentário a Maratonista" para festejarmos o dia com uma corrida, achámos o máximo.

O evento começa às 18h na Pro-runner e terá um rastreio de glicemia gratuito seguido de uma corridinha. No final voltamos todos a medir a glicemia - uma forma de vermos na prática os resultados do exercício.

Podem inscrever-se e encontrar todos os detalhes do evento aqui.

E a quem se destina?
. a todos os que gostem de correr e se queiram associar a esta causa
. a diabéticos que fazem desporto
. a diabéticos que não fazem mas querem começar a fazer (vão poder tirar dúvidas com a equipa médica e com os outros diabéticos presentes sobre como iniciar a atividade física e gerir a diabetes)
. a amigos e familiares de diabéticos que queiram aprender um pouco mais sobre estas questões




Para além deste evento, estão ã decorrer também outras atividades ao longo de toda a semana, incluindo o Fórum Nacional da Diabetes a 16 de Novembro.



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Equilíbrio

Depois dos altos e baixos e dos desleixos do verão, comecei uma nova fase com treinos intensos durante a semana e montanha ao fim de semana. Também voltei a dar mais atenção à minha alimentação e à contagem de Hidratos de Carbono! E aos poucos sinto-me a entrar em equilíbrio...

Com as glicemias a estabilizarem



O pé a mostrar-se recuperado num fim de semana cheio de "sobe e desce"


Os braços a adaptarem-se ao novo ciclo de treinos (muuiiitooo puxado)



E a cabeça também a começar a dar mostras de evolução...


É tão importante prestarmos atenção ao que fazemos ;)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A diabetes e os treinos

Eu adoro escalar e faço de tudo para evoluir. Leio sobre treinos específicos, estratégias de periodização, cargas, tempos necessários para o descanso e a recuperação, alimentação, etc. E  pergunto-me muitas vezes sobre como é que a diabetes pode ou não afectar tudo isto.

Á partida, se conseguirmos manter um bom controle glicémico, o impacto na capacidade de treino e de recuperação pode ser baixo. Mas há que ter algumas coisas em conta. Por exemplo, as reservas de glicose disponíveis para entrar em ação durante um período longo de esforço físico são menores num diabético. Os mecanismos para repôr essas reservas após o exercício também são diferentes. Por isso, e como quero ser capaz de dar o meu máximo, quero perceber estes mecanismos o melhor possível.

Procurei informação e deparei-me com artigos científicos um bocadinho complexos, até para uma bióloga...

Excerto de um dos artigos que estou a (tentar) ler

...uoouuuuuu... calma... isto tem de ser digerido!
Mas acredito que quanto mais perceber tudo isto, mais eficazes vão ser os meus treinos e mais resultados vou ter.

domingo, 1 de setembro de 2013

Insulina na montanha

Segundo Largo da Blues        
No 4º largo da Blues. Como se pode ver, a via
é bastante vertical e sem grandes locais para
parar e medir glicemias confortavelmente.

Como já é costume nesta altura do ano, fui para as montanhas escalar vias grandes. Fui para Cavallers, nos Pirinéus Espanhóis, onde já tinha estado. Por aí nada de novo. A novidade foi que primeira vez fui com a minha nova companheira inseparável - a insulina!

Já uso insulina há uns meses largos, mas ainda estou a aprender a ajustar as doses consoante o esforço físico que faço. Já escalei muito entretanto, mas esta foi a primeira vez nas montanhas, onde as condições são bastante diferentes. Por isso, embora fosse com algumas estratégias definidas, fui numa de principalmente fazer experiências, começando com vias relativamente curtas para aprender como o meu organismo reage e gradualmente ajustar as minhas estratégias a escaladas maiores.

Por causa do mau tempo que apanhei, acabei por apenas fazer duas vias maiores, mas a experiência correu bastante bem. A primeira tinha uma aproximação pequena e um prado a meio onde pude medir glicémia, comer, descansar e por isso acabou por ser quase como um dia "normal" de escalada.

A segunda via grande, a BLUES, já foi um desafio maior. Embora tivesse apenas 240 metros de escalada, tinha uma aproximação grande e com um grande desnível. Para além disso é uma via bastante continua e sem muitos locais a meio onde seja possível fazer medições ou usar insulina.

Gosto de fazer um bom treino aeróbico durante o ano para ir para as montanhas em forma, mas este ano, por causa da lesão no pé, isso foi impossível. Por isso já sabia que as caminhadas de aproximação às vias iam ser exigentes e iriam alterar o meu ratio carbohidratos/insulina. Ou seja, estava a contar que assim que fizesse caminhadas mais puxadas tivesse que reduzir a insulina ou aumentar o consumo de HC para não ter hipoglicemias.


A caminhada para a Blues correu muito bem: bom ritmo e boas
A medir a glicemia na reunião mais espaçosa
de toda a via
medições (151 no início e 109 no final com uma banana a meio). Mas depois da caminhada cometi um erro. Como já estava a contar com o tal efeito grande, antes de começar a escalada comi e não dei insulina nenhuma. Resultado, ao fim de 2 largos de escalada (cerca de 70 metros) estava com uma glicemia de 199. Um bocadinho acima do que eu gostaria. No entanto preferi não dar insulina para não arriscar uma hipoglicemia e continuei a escalar. Pouco depois os valores entraram na normalidade e desfrutei imenso da via que era absolutamente magnífica! A partir daí fui comendo pequenos snacks (sobretudo frutos secos) e nunca usei insulina.

No fim da via medi a glicemia - 123 e a cetona - 0,2. Muito bom! Por curiosidade medi a cetona ao meu companheiro de cordada que não é diabético e ele estava com 0,4...

As vistas do topo da Blues :)


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Erros nas medições de glicemias

Tenho duas máquinas para medir glicemias e recentemente descobri que uma delas mede sempre valores significativamente mais elevados do que a outra.
Só descobri isto porque tive uma leitura muito estranha: quando estava a tentar corrigir uma hipoglicemia, fiz uma medição e obtive 1 valor que me parecia impossível para o que eu tinha comido (238), repeti a medição com a outra máquina que deu 164.

Isto já vos aconteceu? Poderá dever-se ao facto de as máquinas/tiras terem apanhado muito calor? Há alguma coisa que possa fazer para calibrar as máquinas?

Acho um bocado preocupante estas diferenças tão grandes porque podem significar estar a corrigir uma hipoglicemia ou uma hiperglicemia que afinal não tenho.

Medição de hoje a meio da manhã.
Geralmente a diferença anda nesta ordem de grandeza...
Medição no dia em que dei pela diferença entre as máquinas.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Da teoria à prática

Cavallers, Pirineus.
Este verão vou pela primeira vez escalar grandes vias de montanha com a insulina. Desde que comecei a tomar insulina, já fiz muitos dias de escalada, mas apenas nas nossas pequenas falésias, em que escalamos 20 ou 30 metros e voltamos para o chão. Escalar nas montanhas é muito diferente porque normalmente envolve grandes caminhadas tanto para lá chegar como para sair e muitas horas a escalar.

Eu já tenho uma espécie de plano para esses dias. Por exemplo, sei que vou querer estar sempre com a glicémia um pouco mais elevada do que num dia normal, para não ficar com hipoglicemia a meio da via. Sei que tenho de planear antes de começar em que locais vou fazer medições ou comer, caso contrário posso estar tão focada na escalada, que até me esqueço que sou diabética... Sei também que com dias destes, com grandes aproximações e grandes vias de escalada, vou precisar de mais hidratos de carbono para menos insulina e que quero evitar dar insulina rápida durante a escalada, porque a rápida com o exercício pode levar a uma descida muito brusca. Por isso estou a planear comer pequenas porções mas frequentes e ir monotorizando a glicemia.

Portanto, planos tenho... agora falta testá-los na prática!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Incha-la

Eu a tentar não ser cuspida pela magnífica proa do Incha-la.
Foto de Paulo Gorjão.
Este fim de semana, sem estar minimamente à espera, consegui finalmente fazer um bloco que andava a assediar há uns tempos - o Incha-la - um bloco poderoso, extraprumado, nada ao meu estilo. Aliás, completamente o oposto dos blocos em que me costumo dar bem - verticais ou plaquinhas... E exactamente por isso, apesar de o tentar sempre que ia escalar para o sector da Meca, achava que ainda me faltava muito para conseguir encadeá-lo.

Para além da óbvia alegria por encadear um bloco tão dificil (para mim, claro!), também fiquei bastante motivada e com mais vontade de me esforçar e de me dedicar a blocos e vias de escalada mais difíceis.

Eu sempre fui um “fogo de palha”: entusiasmo-me muito com alguma coisa mas rapidamente me aborreço e começo a procurar outras coisas para fazer. Por causa disso, fiz de tudo enquanto miúda – desde karaté a balet, de natação a equitação…

Com a escalada ando a tentar um novo conceito: a perseverança! Há dias em que vou escalar e parece que estou mais fraca do que nunca e que os treinos não servem para nada. E quando tenho vários dias seguidos assim, começo a sentir-me frustrada. Mas depois, assim do nada, tenho um dia magnífico e percebo que são precisos dias de frustração para termos também dias de superação! Ou seja, começo a perceber que as coisas que me dão mais prazer são as que mais me custam e que quero evoluir no sentido de ganhar paciência para enfrentar lutas mais longas.

Mas muitas vezes simplesmente não consigo e desisto antes do tempo. Não estou para aguentar o fracasso… e invento desculpas para acreditar que não estou a desistir: dói-me o dedo; não tenho força nos braçosdói-me a ponta do nariz… :)

Enquanto o meu cérebro inventa estes truques para me proteger de falhar, o que eu mais quero é aprender a aceitar falhar como uma coisa natural e boa! Portanto, nos próximos tempos vou tentar dedicar-me a projectos mais dificeis e continuar nestas lutas entre o que tenho sido e o que quero ser…

E que venham mais 7as! Insha'Allah!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Diabéticas em sintonia

Nem a propósito, e tal como a MJ no seu último post, também andei recentemente a pesquisar sobre o efeito do calor na diabetes. Descobri este site que está em espanhol o que pode ser útil caso algum@ visitante do nosso blog não esteja confortável com o Inglês e prefira a língua dos nuestros hermanos!

Tenho andado a sofrer um bocado de hipos e acho que tem a ver com o calor. De facto parece-me que ando a absorver a insulina rápida mais depressa que o costume.

Aqui pela Covilhã o ritmo tem sido intenso. Do trabalho mas também da corrida, já que tenho aproveitado a frescura da manhã (às 7h, depois disso é para esquecer) para fazer corridas longas.

Escalar tem sido mais escasso mas a semana passada fui à pedra do urso e senti progressos, já fiz dois VB e estou bastante orgulhosa, embora neste bloco que vos deixo aqui na foto o meu filho ainda me dê cartas!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Calor e desporto

Esta onda de calor está a dar cabo de mim. Não era preciso tanto!!
Psicobloco em Sesimbra. Foto de Ana Marisa Correia.

Fica impossível treinar, escalar, dormir... só apetece estar na praia, dentro de água...

A única hipótese para escalar é fazer psicobloco (ou Deep Water Solo), que consiste em escalar em rocha junto ao mar, sem corda, e quando caímos vamos ao banho. Sabe mesmo bem!

E desde que não suba muito alto até é bastante bom para o meu pé porque não corro o risco de voltar a dar 1 "pancada" e voltar a magoar-me.

Também aproveitei o calor para ir  fazer bloco para a praia do cavalo, mas não fiquei muito entusiasmada com o local.

Bloco na praia do cavalo. Foto de Júlia Silva.
Tirando estas soluções mais frescas, tem sido difícil manter os treinos. Eu tenho alguma tendência para a tensão baixa (tensão normal para mim é 10-6) e nestes dias de calor ainda mais baixa fica. E ás vezes fico um bocado baralhada: penso que estou com hipoglicemia e quando vou medir não estou. Parece-me que há uma certa interacção entre as duas. Quando estou com tensão baixa, tenho os sintomas de hipoglicemia em valores em que normalmente não teria nenhuns sintomas.

Com hipos, tensão baixa e calor por demais, raras vezes tenho conseguido completar os meus treinos... só espero que este calor não dure muito mais tempo.

Deixo-vos alguns links sobre complicações que o calor pode trazer à gestão da diabetes, e que incluem: desidratação; dificuldades na sudação e manutenção de uma temperatura corporal  aceitável; maior risco de hipo e hiperglicemias e problemas com a insulina e outros medicamentos que se podem estragar a temperaturas elevadas. Vejam aqui:

artigo 1, artigo 2 e artigo 3

Um dos conselhos que dão nestes artigos e que me parece importante reforçar é o de se medir a glicémia com maior regularidade nestes períodos muito quentes. Outro conselho que vou de certeza seguir é o de escolher atividades de desporto ligadas à água, ou seja, mais psicobloco!!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Calor e primeiras impressões sobre a bolsa para insulina

Um dia de verdadeiro calor no mexilhoeiro
Com este calor, já estou a dar bastante uso à bolsa de insulina da Freego e para já o balanço é muito positivo. Estas bolsas parecem-me bastante úteis para quem passa muito tempo ao ar livre, principalmente se estiver a praticar actividades em que não se consegue procurar sombras e ter cuidado para a insulina não aquecer.
 
Achei bastante fácil de "activar" e começar a usar a bolsa e a primeira "molha" deu para 6 dias. A bolsa realmente mantém a insulina fresca mesmo com calor... mesmo estando ao sol grande parte do dia. Agora, com estes dias mais quentes, desconfio que não dure tantos dias, mas de qualquer modo não dá muito trabalho voltar a colocar a bolsa em água para a voltar a activar. O conceito é muito simples e ao mesmo tempo inteligente! As bolsas mantêm-se frescas enquanto tiverem humidade. A humidade vai evaporando gradualmente (a velocidade depende da temperatura e humidade do ar) e enquanto evapora, arrefece. É um simples princípio de física!

A activar a bolsa

O único possível senão desta bolsa é ser maleável e com pouca estrutura. Ás vezes fico com algum medo de que alguma pancada na mochila possa danificar as canetas... ou seja, tenho de ter algum cuidado com o local onde transporto a bolsa, mas parece-me um mal menor comparando com o descanso que dá não ter de me preocupar constantemente com as temperaturas e a insulina.



A bolsa já pronta. Dá para duas canetas e ocupa pouquíssimo espaço!



Em plena utilização num dos dias de escalada em Alange (Espanha)


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Contrasenso ou como por vezes é melhor não ir treinar

Ontem fui treinar quando cheguei a casa. A dada altura começo a sentir-me muito cansada. A parte do percurso em que estava era de descida. Ia correndo e descendo e sentia-me cansada, cheia de vontade de parar.
"Mau." pensei. "Aqui há coisa!"
Comecei a analisar o que tinha feito e "Opsss. Não fiz a glicémia antes de sair de casa...humm e almocei à pressa, já tarde, uma sandes e um iogurte liquido e dei 4 de rápida. Bolas, estou com hipoglicemia!"
E agora estava a 3 kms de casa, no meio do campo!.
Que fazer num caso destes? Bem, o que eu fiz foi correr de volta, sem acelerar, torcendo para a glicemia não descer mais.
Consegui chegar e quando medi tinha 60.
Porque é que isto aconteceu? Porque estava a pensar em montes de coisas ao mesmo tempo.
A lição a tirar disto é que quando estamos com muitas coisas em mente, é fácil distrairmo-nos. Sair para treinar sem medir a glicémia e à pressa não vale a pena. Mesmo.
Pode fazer mais mal do que bem. Portanto ou bem que conseguimos libertar o pensamento de tudo o resto e concentrarmo-nos no que vamos fazer ou é mesmo melhor deixar o treino para o dia seguinte!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Corrida e glicemias

Hoje fiz 30 minutos de corrida. Muito planos e a um ritmo bem lento, mas já foram 30 minutos - os primeiros depois da lesão no tornozelo. Por causa do calor fui correr logo de manhã. Acordei com 77mg/dl, comi 1 banana e 2 mini chocolates e lá fui. A ideia era acabar outra vez com glicemia por volta dos 100 e depois tomar o pequeno-almoço e a insulina. Também levava um pacote de açúcar no bolso com medo das hipos. Quando acabei estava a 198… Foi a primeira vez que acabei uma corrida assim tão alta. Mas normalmente vou correr ao fim do dia: lancho, dou insulina; antes de ir correr faço uma medição e se estiver baixa como mais qualquer coisinha e aí não dou insulina. 

Acho que a diferença  se deveu ao facto de hoje não ter praticamente insulina no sangue (excepto a basal). Portanto para a próxima vez que for correr de manhã vou experimentar tomar uma unidade de insulina antes de começar para que o meu organismo consiga usar os HC e para não terminar o treino tão alta.

Quanto à lesão, esta foi a primeira corrida em que realmente me senti bem. O regresso às corridas tem sido bem lento. Na primeira vez corri 5 minutos e tive de parar por causa das dores no pé. Desde esse dia o progresso tem sido bastante lento: 10 min, 15 min, 20 min, 20 min mas já sem a ligadura, 25 min… mas acho que a corrida ajudou muito nesta fase final da recuperação. Embora eu já caminhasse entre 30min e 1 hora quase todos os dias antes de começar a correr, assim que comecei notei melhorias. O meu pé começou a ficar mais forte e as últimas dores aqui e ali começaram finalmente a desaparecer.

Agora é continuar para ver se ainda consigo ficar em forma para as férias de verão!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Picos e quedas

Hoje queria partilhar convosco o que ando a fazer em termos de gestão da insulina. Desde há umas 3 semanas que comecei a estar sempre alta. Os e as diabétic@s que lerem isto, reconhecem o cenário: acorda-se de manhã  e está alto. Dá-se insulina para descer e comer mas daí a uma hora ou duas: alto. Dá-se mais um toquezinho de insulina para descer e, das duas uma, ou fica fixe mas ao almoço lá sobe outra vez ou então uma hipo mas mais tarde volta a subir. Uma pessoa pensa: que se passa?! Estou a comer o mesmo, a fazer o mesmo, a sentir o mesmo (estado de espirito, stress, etc) porque é que a mesma insulina não resulta como é costume?
Bem, fiz a pergunta vários dias, aguardei para ver se estava a ficar doente - não estava, e como a coisa se manteve igual, concluí: posso não saber exatamente o motivo mas o meu corpo está a precisar de mais insulina.
Decidi então aumentar a lenta.  Resultou. Agora tenho que descer, entrei na fase das quedas, desde ontem que estou a ter hipos.
Há algum tempo que aprendi que temos que interpretar o que se passa, com base naquilo que sabemos sobre as lógicas do funcionamento metabólico em geral e sobre nós em particular. No meu caso, volta e meia acontece-me fases destas, "altas", e que geralmente coincidem com alturas em que eu ando a mil à hora e a pensar muito pouco na diabetes. Quando depois paro e dedico mais tempo a mim mesma, tomo medidas e as coisas geralmente melhoram.
Por isso, é importante refletir sobre as glicémias que estamos a ter e o seu porquê.

Entretanto hoje tive um pico a meia da tarde porque dei... uma grande queda!
A escalar.
Penso que foi a minha primeira queda a sério à frente. Quando estava mesmo quase a montar a última express antes do topo, caí. Soltei um grande grito, dos clássicos mesmo, "AHHHHHH!!!!" e depois fiquei pendurada a olhar para a rocha e a reprocessar.
Foi na "minha" via, a Essauira, que eu já abri duas vezes mas hoje não sei que se passou. Estava talvez cansada porque tinha feito outras vias antes e a útima foi uma via extraprumada mas estava até toda contente porque, apesar de ter sido em top rope, a tinha conseguido fazer.
Contudo, o balanço da coisa foi positivo porque senti - na pele - que cair é só cair. E, como para a diabetes, para evoluir há que perceber o porquê dos problemas pelo que ainda fui lá outra vez, se bem que em top!

O antes
O depois


E o durante!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tipos!

Nós gostamos de pôr tudo em caixinhas! Mas às vezes não há caixinhas para nós... Há 2 anos fui diagnosticada como diabética tipo 2, mas passado algum tempo ficou claro que a medicação para a diabetes tipo 2 não funciona comigo e passei a tomar insulina. Então muitas vezes me perguntam: "Mas afinal és o quê?? Tipo 1 ou tipo 2??" E a verdade é que não é assim tão fácil de responder…

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune: as células produtoras de insulina são destruídas porque o organismo as identifica como corpos estranhos. Sem insulina, a glicose não chega às células, que precisam dela para produzir energia, sendo por isso preciso tomar injeções de insulina. Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem diabetes tipo 1. Há casos em que as pessoas têm genes que as predispõem à doença. Pode também resultar de uma causa externa como por exemplo uma agressão por determinados vírus.

A diabetes tipo 2 caracteriza-se por graus variados de diminuição da secreção de insulina ou aumento da resistência à insulina. Mesmo havendo produção de insulina, há alguma incapacidade de absorção da glicose pelas células. Normalmente o tratamento passa por uma alteração da dieta e exercício físico. Outras vezes é necessário tomar também medicamentos orais e, por vezes, a combinação destes com a insulina.

E eu, onde estou? Inicialmente fui diagnosticada como tipo 2. Tinha valores de glicemia mais elevados do que os normais mas claramente ainda produzia alguma insulina. Mas era uma tipo 2 estranha, sem nenhum dos factores que normalmente são considerados de risco (obesidade, sedentarismo). A certa altura os meus valores de glicemia começaram a ser demasiado elevados e a não reagir a medicamentos orais. Ou seja, deixei de produzir insulina em quantidade suficiente e a precisar de a tomar. Não sei se ainda produzo alguma ou se já não produzo nada. Não sei se tecnicamente sou tipo 1 ou tipo 2. É possível até que seja “tipo 1,5” ou LADA, que é uma situação mais rara em que a diabetes insulino-dependente (ou autoimune) se desenvolve já na idade adulta e de uma forma mais lenta que na tipo 1… portanto sou uma diabética meio indefinida e às vezes nem sei o que responder... serei bi??? mas o nome realmente não interessa muito. É mais importante aprender a viver com a diabetes e a insulina nesta relação cheia de altos e baixos mas que é com toda a certeza para a vida...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Bolsas para conservar a Insulina

Bolsa Freego para 2 canetas de insulina
No fim de semana que passei na serra da estrela apercebi-me de que neste tipo de actividades transportar e conservar a insulina a temperaturas adequadas pode ser um problema.

Costumo fazer muitas atividades em que estou muitos dias a escalar e acampar nas montanhas ou até no deserto. Às vezes estou o dia todo ao sol e é impossível manter a mochila a temperaturas aceitáveis para não estragar a insulina. Pensar que a insulina se podia estragar a meio de uma semana nas montanhas, no meio do nada, é um bocado assustador...

Por isso quando voltei resolvi investigar soluções. Descobri que existem no mercado umas bolsas que conseguem manter a insulina à temperatura adequada. Basta mergulhar a bolsa em água para activar os cristais que estão dentro da bolsa que fica fresca durante vários dias. E quando deixam de ter efeito, basta voltar a submergir-la em água durante alguns minutos para voltar a ter o efeito desejado. Quando descobri estas bolsas, falei com a Freego e eles acabaram de me enviar uma para experimentar nas minhas actividades :)

Vou testá-la já no próximo fim de semana quando for escalar e depois hei-de contar a experiência por aqui. Mas até lá gostaria de deixar aqui um MUITO OBRIGADA à freego!


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Maratona na Polónia

A semana passada estive na Polónia. Foi uma viagem atribulada porque a Lufthansa resolveu fazer greve no dia em que eu ia viajar! Levei quase 48h para chegar ao meu destino mas depois valeu a pena! Adorei a Polónia. Tratou-se de uma viagem profissional, fui lá dar aulas. Mas juntei o útil ao agradável e no domingo antes de regressar fui fazer a maratona de Cracóvia. É uma prova muito bonita, passa pelo centro histórico e os últimos 10 kms são à beira rio. Para além disso estava muito bem organizada e abastecida e apesar de não ser o festim das maratonas maiores, como a de Berlim (link para esse post) há sempre apoio popular ao longo de toda a prova, estava de chuva mas mesmo assim as pessoas foram até ao trajeto para dar força ao pessoal!

O meu objetivo era a meia maratona, eu não estava devidamente treinada para uma maratona. Depois da meia descontraí e até andei e só fui até ao final porque era o meu ponto de encontro com o Paulo, que estava a correr a prova toda. A diabetes esteve bem, optei por não dar a lenta de manhã, acordei com 70 mas comi e comecei a prova nos 200 o que para mim é bom. Bebi Isostar mais ou menos de 6 em 6kms. Os abastecimentos eram de 3 em 3kms mas nalguns bebi apenas água; ficaria demasiado alta se bebesse sempre isostar além de que muito enjoada. A partir da meia comi também banana. Eles davam chocolate mas para mim não dá, enjoa-me. Acabei com 280, o que é um pouco alto mas é preferível a ter uma hipo a meio. Nestas provas de longa duração prefiro optar pela segurança e manter-me um pouco mais alta e depois de acabar já posso baixar. Na verdade depois vai descer e bastante; é preciso ter isso em conta visto que a insulina que se der em seguida vai fazer muito efeito; geralmente opto por dar pouco - 2 ou 4 unidades (dependendo também do que vou comer) e fazer mais glicémias para ir vendo a evolução da situação.

Fiquei bem partida mas agora já passou e ontem já fui escalar para Penha Garcia. Fazendo um balanço, tenho tido uns excelentes fins de semana - Girls on the rocks, Maratona de Cracóvia, escalada em Penha Garcia; o que é excelente para compensar porque as semanas têm sido duras em termos de trabalho.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Girls on the Rocks

Este fim de semana eu e a Catarina estivemos na Serra da Estrela, num encontro de escaladorAs! Foi excelente, com muita motivação e muita alegria.

Fizemos um dia de bloco na Pedra do Urso que é mesmo um local excelente com blocos de todos os tipos e dificuldades. No segundo dia estávamos todas rebentadas, com dores nos braços e costas e decidimos ir para a “Placa da Francelha” fazer vias para exercitar as pernas e a cabeça e dar descanso aos braços.
Placa da Francelha infestada de miúdas!
Catarina a blocar

Este foi o primeiro fim de semana em que estive a acampar, desde que comecei a tomar insulina. Normalmente faço fins de semana destes muito regularmente, mas como me lesionei no pé, nos últimos tempos estive mais “caseira”. Tive mais alguma dificuldade em acertar com as unidades de insulina do que normalmente. Sobretudo porque nestes dias acabamos por fazer tudo fora da rotina: as refeições, os horários, as actividades, é tudo diferente. Também percebi que conservar a insulina a temperaturas adequadas nestas actividades vai começar a ser um desafio - às vezes não há sombras, estamos o dia todo ao sol e as temperaturas estão a aquecer…

Aproveitei também o facto de ter a Catarina ao pé, com os seus quase 30 anos de convivência com a diabetes e a insulina, para tirar muitas dúvidas e continuar a aprender sobre esta gestão diabetes/ desporto/ alimentação.

Eu agarrada à rocha e felizzz
E em termos de escalada não podia ter sido melhor. Desde que voltei a escalar após a lesão só tinha feito coisas muito fáceis. No bloco tive oportunidade de fazer muita força em travessias e blocos baixinhos sem arriscar voltar a magoar-me no pé. Foi tão, tão bom voltar a poder esforçar-me ao máximo e escalar até não ter mais pele nas mãos nem força nos braços! E que saudades tinha de ficar toda partida :)

No feriado há mais!
O grupinho fanático :)

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Tempo é relativo



Para quem costuma planear toda a vida à volta da escalada, de repente não poder escalar é estranho. 

Quando me lesionei, de repente o tempo abrandou! Simplesmente não podia “andar a correr” e tinha que fazer tudo lentamente. Passei a ter os fins de semana livres, as noites livres, etc. E já nem me lembrava de como é que se “arranja” coisas para fazer. 

Aproveitei para visitar família e para por algumas tarefas de casa em dia. Também aproveitei para ler muito e para aprender muito sobre nutrição e sobre contagem de hidratos de carbono. Na verdade aprendi imenso sobre esse tema e descobri que tinha uma série de ideias erradas e que complicavam os meus cálculos sobre quantas unidades de insulina devia dar para cada tipo de alimento… Também comecei a usar uma aplicação para contagem de hidratos de carbono que me tem ajudado bastante. Um dia destes faço 1 post sobre isso… mas como entretanto já estou a voltar ao meu ritmo acelerado, esse post pode demorar 1 bocado :)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Primeiros passos na rocha

Preparada para escalar com o pé altamente protegido...

A recuperação do meu pé está a demorar mais tempo do que eu esperava… muito mais! Mas mesmo antes de começar a desesperar totalmente, fui um bocadinho escalar a Sesimbra. Fui com os bastões para a aproximação, que apesar de ser das mais fáceis aqui da margem Sul me custou um bocado. Escalei só 3 vias, e as mais fáceis do sector… mas já foi muito bom finalmente tocar na rocha!

E assim começa uma nova fase: menos treinos em casa e mais coisas lá fora. Vou começar a caminhar o máximo possível, de preferência em terrenos irregulares; a escalar o máximo possível e, provavelmente vou começar a correr em breve.

E vem mesmo a tempo porque começava a ser difícil manter a motivação em alta para treinar em casa. Também já estava a reduzir a intensidade dos treinos porque nos últimos já me sentia demasiado cansada, demasiado cedo. O facto de estar com muito tempo livre em casa fez com que de repente começasse a fazer treinos bem mais intensos e mais frequentes. Funcionou durante umas semanas, mas o meu corpo já estava a dizer-me claramente para abrandar!

Esperemos que o S. Pedro colabore um bocadinho e me deixe ir lá para fora trabalhar o pé e descansar os braços J

quinta-feira, 14 de março de 2013

Vontade de ir

Hoje não venho partilhar nada que tenha feito, infelizmente.
Na verdade não tenho mesmo feito nada. Esse é o problema...
No fim de semana choveu e fiquei por casa. No domingo dei uma corrida mas soube-me a pouco.
Durante a semana... trabalho. E umas corridinhas curtas ao fim do dia.

Hoje está um dia lindo, vê-se um ciminho nevado na Estrela e eu, quando conduzia hoje cedinho para a Covilhã, olhei para ele e... só me apetecia ir.
De bicicleta, a pé, para escalar, para andar, para esquiar... nao sou esquisita. Podia ser qualquer coisa!

Mas em vez disso estou aqui no gabinete a escrever abstracts e organizar aulas.
A vontade de ir não passou, pelo que namoro a serra pela janela (sim, o meu gabinete tem vista para a serra, só isso já é uma sorte, eu sei, mas hoje não me chega) e rezo para que no fim de semana não chova - apesar de o ipma.pt dizer o contrário - porque ultimamente ando mesmo a sentir a falta da rocha, tenho saudades do barulho de colocar uma express.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Dúvidas


Nesta fase de habituação ao uso de insulina, têm-me surgido montes de perguntas: quantas unidades de insulina para cada tipo de alimentos/ refeição devo dar? É melhor dar antes, durante ou logo após comer? Em que locais devo dar a injecção? Depende do que como? A insulina faz engordar? Se por exemplo der muitas injecções na barriga, ganho um pneu? Se der nos músculos, pode afectar o rendimento desportivo?

A parte de quantas unidades dar acho especialmente difícil. Já tive alguns episódios em que usei demasiada insulina e acabei com hipoglicémias bem baixas e agora fiquei com algum medo disso porque a sensação é mesmo horrível. Por isso, quando estou na dúvida tenho optado por dar 1 bocadinho menos e depois se ficar com hiperglicémia corrijo… mas o ideal era mesmo começar a acertar nas doses…  Será que com a experiência fica mais fácil acertar? Ou será que vou sempre andar em tentativas e erros e correcções?

Ufffff, é mais complexo do que eu imaginava!

E será que todos os diabéticos têm tantas dúvidas? Ou será que sou eu a ligar o complicómetro?????

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

As vantagens do frio

Uma das vantagens do Inverno é a neve. Em Portugal temos pouca mas uma das vantagens de viver na Covilhã é a Estrela!
Estive lá há duas semanas e finalmente fiz um corredor que já andava na minha mira há vários anos mas que nunca se tinha proporcionado.

A neve não estava grande coisa, demasiado empapada. Nem deu para usar as luvas. Mas como o corredor fica à sombra, ainda deu para fazer, nele a neve estava porreira e nalguns locais estava gelado, o que mete mais impressão, começamos a imaginar que se deslizarmos por ali abaixo, paramos bem lá ao fundo... em cima da rocha!

 

Mas correu tudo bem e no final, muito solinho para animar o almoço!

 
 
Passei um bocado ao lado da diabetes, como é meu costume. Não é edificante dizer isto mas este blog é mesmo para partilhar as nossas experiências e vivências de desporto e diabetes e a verdade é que quando estamos nestas atividades há imensas coisas a gerir - casacos, crampons, piolets, óculos escuros, carta topográfica, não esquecer nada em casa (que também é usual em mim). Mas fiz a glicémia antes de começar a subida e ao chegar, mantendo-me sempre a beber muita água porque para além desta atividade fazer suar imenso ainda por cima estava muito calor!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Queda, lesão e … mega treino!


Definitivamente não ando em maré de sorte! Há uns dias fui escalar para a Fenda, mais propriamente para uma zona chamada Rampa. A rampa é basicamente uma fenda estreita na rocha. Escala-se de um dos lados, mas temos sempre de ter cuidado para não bater no lado oposto quando caímos. Por causa disso acabei por me magoar numa das quedas que dei, não porque bati na parede atrás, mas porque para não cair muito, bati na parede à frente... e fiquei com o pé bastante magoado. A saída da rampa foi bem difícil porque nem conseguia por o pé no chão: muitos saltos, muitos bocados a arrastar-me sentada no chão, muitos empurrões e apoios da Rafa, Diogo e João (obrigada) e ainda 1 parte em que eles me puxaram com a corda.

Rafaela na via onde me lesionei.
Nos últimos dias tenho estado em casa a fazer gelo e à espera que o inchaço desapareça para poder começar a mexer o pé e a andar… mas como não consigo estar parada, e não quero perder a forma, já arranjei uma série de exercícios para fazer. Uns deitada, uns sentada e até uns de pé (agarrada à barra). Ora vejam o que tenho feito:

Flexões invertidas (de costas no chão e com pesos); tríceps e bíceps com pesos; abdominais e dorsais; elevações, suspensões na barra e no fingerboard (uma tábua com vários buracos que se usa para treinar para escalada); exercícios com a banda elástica para fortalecer ombros e dedos; exercícios com pesos para os pulsos e ombros; e ainda alguns alongamentos e posições de yoga como a “cobra”.

Os alongamentos não têm sido muito fáceis e requerem alguma imaginação… E para já estou a deixar de fora todos os exercícios que envolvam algum desequilíbrio como os que utilizam a bola de pilates porque tenho de evitar fazer movimentos bruscos.

Infelizmente já não vou conseguir fazer a corrida de Sintra. Mesmo que a recuperação seja rápida, não consigo numa semana estar bem para correr em terrenos acidentados… Mas pelo menos estou a aproveitar estes dias em casa para treinar os braços que são o meu ponto fraco na escalada!

E aproveito este post para agradecer a todo o pessoal que me tem dado apoio e força nestes últimos tempos: MUITO, MUITO OBRIGADA!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Primeira Injeção de Insulina

A semana passada tive consulta com a minha médica, ela ficou preocupada com as minhas glicémias e chegou à conclusão que a minha diabetes deu mais um “salto” - o meu pâncreas perdeu ainda mais a capacidade de produzir insulina. Por isso nem os medicamentos nem a alimentação têm funcionado para regular as glicemias.

Com este panorama, decidiu receitar-me insulina. A minha primeira reacção foi de apreensão e também de medo (pela ideia de ter de usar 1 agulha…). Mas agora, depois de usar e analisando bem, vejo que foi a melhor opção. Tentar controlar as glicémias com medicação e alimentação estava a ser muito difícil e ineficaz. Muitas vezes tinha hiperglicemias, mesmo comendo pouquíssimos hidratos de carbono; muitas vezes tinha medo de comer porque sabia que ia subir a glicemia; muitas vezes tinha valores de 300 e não podia fazer nada a não ser esperar que baixasse. Como não usava insulina não podia fazer correcções e como os medicamentos não estavam a funcionar, fui reduzindo cada vez mais as minhas refeições e tentando inventar refeições sem hidratos de carbono. Não estava nada bem e por isso alguma coisa tinha de mudar…

Afinal as injecções não doem nada e usar insulina não é uma coisa assim tão má… aliás, até é bem bom poder voltar a comer uma refeição “normal”. Vamos ver como corre esta nova etapa.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Run Sintra

Pronto, estou inscrita na Run Sintra - 11km de trail running à noite em Sintra! E é já dia 23 de Fevereiro... tendo em conta que só voltei a correr na semana passada e que só tenho corrido em plano e cerca de 5,5km, acho que esta vai custar, mas é um bom incentivo para não me deixar vencer pela preguiça. Quanto mais treinar nestas 3 semanas, menos irei sofrer na prova :)


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Chuva

O ano não começou da melhor maneira! Tenho andado cheia de trabalho e com pouco tempo para fazer desporto. E quando tenho tempo para qualquer coisa, é o outro tempo que não deixa: chuva, chuva e mais chuva!

O ambiente da Vertigem. Eu sou o pontinho amarelo por cima do
pontinho vermelho... Foto de José Barbosa, aka Branquinho
Finalmente, neste sábado não choveu e fui escalar para Sesimbra, um dos poucos sítios com rocha seca. Deu para “desenferrujar” e passar medo no sector vertigem que realmente faz jus ao nome. E também deu para apanhar um bocado de sol que soube maravilhosamente.

Domingo a chuva voltou mas, como alguns amigos me têm alertado, com um bocadinho de vontade é sempre possível fazer alguma coisa! Tenho visto tanta gente a correr à chuva que tenho de admitir que a chuva, o frio e o vento têm sido sobretudo desculpas para a preguiça…

Uma das vias de Sesimbra. Foto de Pedro Baptista
Por isso ontem, em vez de ficar em casa, ganhei coragem e lá fui correr no meio de uma tarde cinzenta! É claro que custou um bocado, principalmente na parte em que ia contra o vento. Mas custou-me sobretudo porque já não corria desde o ano passado! E percebi que o mau tempo não é nenhum bicho papão e que não posso usar essa desculpa… e depois da corrida senti-me tão bem que ainda fiz um treino em casa: abdominais e barra!

Agora só preciso manter a motivação e fazer treinos constantes, sem desculpas!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Frio, neve e.... corrida!

Por aqui neve e muito frio!!
Ainda assim, tenho ido correr. Perto de casa, que fica na planície por isso um pouco menos de frio e sem neve. No final sinto-me mais animada e também dá para aquecer!
Rocha é que nada feito, já perdi a conta de há quantas semanas não escalo:( da última vez que fomos a Penha Garcia gelaram-me as mãos e acabei por não fazer nada.
Não se pode ter tudo, na Cova da Beira é complicado escalar no Inverno. Mas em contrapartida há neve! E, se tudo correr bem e o Sol para a semana aparecer, vou fazer uns corredores de neve e gelo. Não vou dizer mais nada para não agoirar mas depois conto! Fica aqui um link para uma pagina do FB sobre este tipo de atividade, para quem quiser saber mais.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Planos para 2013

Antes do mais Feliz 2013!
Tenho andado um bocado "calada" ultimamente porque o trabalho apertou até às festas e depois, com estas, entrei em "modo repouso" e nem abri o computador.
Mas nunca deixei de fazer  desporto: mantive-me a correr e na ante véspera de Natal voltei a um percurso pedestre que muito aprecio e que já não fazia há algum tempo: Cabo da Roca-Praia Grande.

O final do ano é sempre propício a balanços e aproveitando a pausa e o trekking, refleti sobre 2012 e marquei alguns objetivos para 2013, que partilho convosco:
1. fazer mais trekkings, em principio apenas em Portugal porque os tempos (€€) não estão para outras incursões
2. continuar a evoluir na escalada
3. fazer uma prova de montanha
4. se a coisa correr mesmo bem até junho (e isso envolve o Sr. Passos não cortar absolutamente mais nada!) fazer a Tour do Mont Blanc.Se  quiserem saber mais sobre este trekking vejam aqui.