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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Erros nas medições de glicemias

Tenho duas máquinas para medir glicemias e recentemente descobri que uma delas mede sempre valores significativamente mais elevados do que a outra.
Só descobri isto porque tive uma leitura muito estranha: quando estava a tentar corrigir uma hipoglicemia, fiz uma medição e obtive 1 valor que me parecia impossível para o que eu tinha comido (238), repeti a medição com a outra máquina que deu 164.

Isto já vos aconteceu? Poderá dever-se ao facto de as máquinas/tiras terem apanhado muito calor? Há alguma coisa que possa fazer para calibrar as máquinas?

Acho um bocado preocupante estas diferenças tão grandes porque podem significar estar a corrigir uma hipoglicemia ou uma hiperglicemia que afinal não tenho.

Medição de hoje a meio da manhã.
Geralmente a diferença anda nesta ordem de grandeza...
Medição no dia em que dei pela diferença entre as máquinas.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Da teoria à prática

Cavallers, Pirineus.
Este verão vou pela primeira vez escalar grandes vias de montanha com a insulina. Desde que comecei a tomar insulina, já fiz muitos dias de escalada, mas apenas nas nossas pequenas falésias, em que escalamos 20 ou 30 metros e voltamos para o chão. Escalar nas montanhas é muito diferente porque normalmente envolve grandes caminhadas tanto para lá chegar como para sair e muitas horas a escalar.

Eu já tenho uma espécie de plano para esses dias. Por exemplo, sei que vou querer estar sempre com a glicémia um pouco mais elevada do que num dia normal, para não ficar com hipoglicemia a meio da via. Sei que tenho de planear antes de começar em que locais vou fazer medições ou comer, caso contrário posso estar tão focada na escalada, que até me esqueço que sou diabética... Sei também que com dias destes, com grandes aproximações e grandes vias de escalada, vou precisar de mais hidratos de carbono para menos insulina e que quero evitar dar insulina rápida durante a escalada, porque a rápida com o exercício pode levar a uma descida muito brusca. Por isso estou a planear comer pequenas porções mas frequentes e ir monotorizando a glicemia.

Portanto, planos tenho... agora falta testá-los na prática!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Incha-la

Eu a tentar não ser cuspida pela magnífica proa do Incha-la.
Foto de Paulo Gorjão.
Este fim de semana, sem estar minimamente à espera, consegui finalmente fazer um bloco que andava a assediar há uns tempos - o Incha-la - um bloco poderoso, extraprumado, nada ao meu estilo. Aliás, completamente o oposto dos blocos em que me costumo dar bem - verticais ou plaquinhas... E exactamente por isso, apesar de o tentar sempre que ia escalar para o sector da Meca, achava que ainda me faltava muito para conseguir encadeá-lo.

Para além da óbvia alegria por encadear um bloco tão dificil (para mim, claro!), também fiquei bastante motivada e com mais vontade de me esforçar e de me dedicar a blocos e vias de escalada mais difíceis.

Eu sempre fui um “fogo de palha”: entusiasmo-me muito com alguma coisa mas rapidamente me aborreço e começo a procurar outras coisas para fazer. Por causa disso, fiz de tudo enquanto miúda – desde karaté a balet, de natação a equitação…

Com a escalada ando a tentar um novo conceito: a perseverança! Há dias em que vou escalar e parece que estou mais fraca do que nunca e que os treinos não servem para nada. E quando tenho vários dias seguidos assim, começo a sentir-me frustrada. Mas depois, assim do nada, tenho um dia magnífico e percebo que são precisos dias de frustração para termos também dias de superação! Ou seja, começo a perceber que as coisas que me dão mais prazer são as que mais me custam e que quero evoluir no sentido de ganhar paciência para enfrentar lutas mais longas.

Mas muitas vezes simplesmente não consigo e desisto antes do tempo. Não estou para aguentar o fracasso… e invento desculpas para acreditar que não estou a desistir: dói-me o dedo; não tenho força nos braçosdói-me a ponta do nariz… :)

Enquanto o meu cérebro inventa estes truques para me proteger de falhar, o que eu mais quero é aprender a aceitar falhar como uma coisa natural e boa! Portanto, nos próximos tempos vou tentar dedicar-me a projectos mais dificeis e continuar nestas lutas entre o que tenho sido e o que quero ser…

E que venham mais 7as! Insha'Allah!